A Mulher que Conversava com o Vento

Era segunda-feira. Mais uma vez, ela acordou sem saber o próximo passo. A xícara de café quente nas mãos tremia um pouco, e não era por causa do frio da manhã, mas sim por aquele vazio que gritava por direção. Ela sentia que precisava mudar. Que algo dentro dela estava pronto para algo novo. Mas e o medo?

Leila Casarin

5/27/20252 min read

woman lying on grassland
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Era segunda-feira. Mais uma vez, ela acordou sem saber o próximo passo.

A xícara de café quente nas mãos tremia um pouco, e não era por causa do frio da manhã, mas sim por aquele vazio que gritava por direção. Ela sentia que precisava mudar. Que algo dentro dela estava pronto para algo novo. Mas e o medo?

O medo é esse visitante teimoso que bate na porta sempre que a liberdade se aproxima.

Foi então que ela decidiu sair. Caminhou até o topo da colina onde, há tempos, gostava de conversar com o céu. O vento ali tinha um som diferente. Era quase como uma oração.

E naquele dia, o vento sussurrou:
“Vá, mesmo sem mapa.”

Coragem, ela aprendeu, não é ausência de medo. Coragem é caminhar mesmo quando a estrada não está clara. É confiar no invisível. É se permitir ser guiada por algo maior – seja Deus, o propósito, ou o vento.

Coragem feminina e a liberdade de recomeçar

Muitas mulheres carregam pesos que não são seus. Culpas, expectativas, padrões. A sociedade ensina que coragem tem forma: diploma, estabilidade, um plano de carreira. Mas a coragem feminina tem outra face — ela é fluida, intuitiva e profundamente espiritual.

Coragem é ouvir o que o mundo silencioso está tentando dizer.
É pausar os ruídos externos para escutar o que vem do alto e do íntimo.

E ela ouviu.

Não sabia se daria certo, não sabia se conseguiria. Mas sabia que não podia continuar ignorando o chamado da alma.

Porque existe um vento que sopra dentro de cada Liberta. Um vento que não respeita zonas de conforto. Que bagunça os cabelos, mas alinha a alma.

Escutar a intuição: o passo que transforma tudo

Quando foi a última vez que você escutou sua intuição?

Esse é o vento que temos evitado. O que sussurra durante a rotina, entre uma tarefa e outra. Mas a gente abafa com "obrigações", com medo de parecer louca, impulsiva ou irresponsável.

Só que irresponsável mesmo é ignorar o chamado do nosso espírito.

Ela deu o passo. Sem mapa. Sem certezas. Mas com fé.
E aos poucos, o caminho foi surgindo.

Gente nova. Ideias novas. Portas que pareciam trancadas se abriram com leveza. O vento tinha razão.

Fé, coragem e liberdade com propósito

Se você está lendo isso, talvez seja hora de fazer a sua oração no vento.

Pergunte. Escute. E confie.

Nem tudo precisa estar pronto para que você comece. Às vezes, a estrada aparece depois do primeiro passo.

Qual vento você tem evitado ouvir?

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