Reconstruindo a Identidade da Mulher na Maternidade Solo: Caminhos de Cura Emocional e Autoconhecimento Feminino
Clara tem olhos de quem já viu o mundo desabar e ainda assim, escolheu dançar sobre os cacos. Artista, mãe solo, mulher de pele firme e alma em estado de poesia. Conheci Clara em um evento artístico. Ela não falava muito, mas tudo nela dizia alguma coisa. Havia força no jeito que segurava o pincel, e ternura nos traços das figuras que pintava — sempre femininas, sempre fragmentadas.
Leila Casarin
5/27/20252 min read
Clara tem olhos de quem já viu o mundo desabar e ainda assim, escolheu dançar sobre os cacos. Artista, mãe solo, mulher de pele firme e alma em estado de poesia.
Conheci Clara em um evento artístico. Ela não falava muito, mas tudo nela dizia alguma coisa. Havia força no jeito que segurava o pincel, e ternura nos traços das figuras que pintava — sempre femininas, sempre fragmentadas.
— “Não me curei de tudo, mas fiz pazes com meus cacos.”
Foi essa a primeira frase da nossa entrevista. E ela ficou ecoando.
Identidade feminina: a arte de se refazer
Clara contou que por muito tempo tentou se encaixar. Tentou ser a mulher “ideal” — a que dá conta de tudo, a que não reclama, a que perdoa rápido, a que não sente raiva. Mas foi se perdendo nessa busca.
A maternidade solo a quebrou. Mas também a reconstruiu.
— “Aprendi a me ouvir nos silêncios. Foi ali, no escuro da madrugada, com meu filho dormindo ao lado, que comecei a me lembrar de quem eu era.”
Ela criou pequenos rituais:
Acender uma vela por dia.
Pintar sem pressa.
Caminhar descalça no quintal.
Rezar como quem conversa com uma amiga íntima.
São essas pequenas práticas que, somadas, foram refazendo sua identidade. Sem pressa. Sem culpa.
A reconstrução pessoal como um ato de arte
Reconstruir-se não é sobre voltar a ser quem era.
É criar novas constelações com os pedaços que restaram.
Clara aprendeu a não esconder mais suas cicatrizes.
— “Elas são minhas tatuagens da alma”, ela disse sorrindo.
Cada mulher tem seus próprios estilhaços. Histórias não contadas, dores reprimidas, medos antigos. Mas o que fazemos com esses pedaços define nosso novo caminho.
Dançar com os estilhaços: o que isso significa?
Clara dançou. Figurativamente, e literalmente.
Aprendeu a colocar música em suas manhãs, mesmo quando tudo ainda doía.
Fez das feridas poesia.
Fez da dor uma ponte.
Fez de si mesma um lar.
E você, Liberta? Já dançou com seus estilhaços?
🔮 Comenta aqui: EU ESCOLHO ME REFAZER.
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